A deputada federal Rose Modesto, que atualmente
está filiada ao PSDB, deixará o ninho tucano e irá para o União Brasil, partido
onde deverá anunciar a sua pré-candidatura ao Governo do Estado nas eleições de
2022. Em recente entrevista no Tribuna Livre, a Deputada, esteve falando sobre eleições gerais, partidos políticos, candidatura
ao governo, feminicídio, entre outros assuntos:
Perguntada do porquê se aventurar
e deixar a reeleição garantida. Rose disse que “a quase reeleição a Deputada Federal pode ser a eleição da primeira governadora
mulher de Mato Grosso do Sul. Desde que comecei, na sala de aula, quis ajudar
pessoas. Não é obsessão, mas uma convocação para ser governadora, depois de
ouvir MUITAS pessoas. No governo é que se decide onde vão os recursos. Se
define prioridades”.
Sobre como está no PSDB? Está
saindo tranquila? Qual relacionamento com partido? ela respondeu, “A política chega momento que acaba se
dividindo. Não tenho inimigos em lugar nenhum. Trouxe recurso para Campo Grande,
mesmo tendo sido adversária do Marquinhos. Saindo do PSDB em 3 de março,
deixando grandes amigos para trilhar caminhos diferentes. Sinto que chegou meu
momento de me posicionar como candidata a governadora. As decisões sempre foram
do governador, quando eu era vice. Ouvia anseios da população e levava para o
Reinaldo. Se população não me eleger volto para sala de aula, ser professora.
Por falar em professora, comprometo-me a equiparar salários de concursados e
convocados”, disse a Deputada.
A respeito de unir, União do
Brasil e MDB (segundo falou Bivar), ambos brigando pelo nome da Deputada, como
fica esse cenário? Ao responder declarou “Falei
ontem à noite com Bivar. Ele disse que independente de tudo o União Brasil terá
pré-candidata a governadora, que sou eu. Até 2 de abril todas as decisões serão
tomadas. Tenho convite do Republicanos, PP e Podemos. Mas, Bivar foi taxativo
em manter minha pré-candidatura”.
Indagada que a candidatura de
Rose será melhor para democracia? A parlamentar disse “Estamos trabalhando por uma reforma política, tem que haver redução de
partidos e gastos. (Federação de partidos) não tem impacto para o eleitor.
Independente de federação o nº de candidatos permanece. Isso importa mais a
partidos que eleitores”.
Já que busca a façanha de ser primeira
governadora de MS. São 8 feminicídios, e como mulher tratará como essa questão?
“A questão da violência, de qualquer
tipo, a gente combate com prevenção. Temos que falar de educação e princípios.
Moramos em um País e Estado Cristão. Está faltando Deus e amor na vida das
pessoas, solidariedade e amor. Essa falta ajuda a aumentar a violência. Mãe e
pai precisam entender que cultura do machismo...conceitos machistas dentro de
casa. Discutir na igreja e escolas. Como governadora, investir dinheiro para
campanhas de prevenção, montar rede de estrutura de combate, prevenção e
recuperação. Casas abrigos são fundamentais, mulheres que apanham e são
ameaçadas não tem para onde ir, nesses locais há acolhimento para mães e
filhos. Já temos a segunda casa em Dourados. Eu e a senadora Soraya levantamos
R$ 1,6 milhão, o prefeito de Dourados cedeu local que é próximo aldeia Jaguapiru”,
disse a parlamentar.
Ouve na ocasião um comentário por
Carmém, de que escolhia candidato pela competência e não pelo gênero, citando
vários cargos de Rose, pedindo a avaliação de sua carreira e competências. “Concordo. Ser humano tem essa capacidade,
ainda existe preconceito contra mulheres. Já me perguntaram de Mato Grosso do
Sul é machista, e digo que a Deputada Federal mais votada foi mulher. Por onde
passei acreditei em bandeiras importantes. Política existe para olhar para quem
mais precisa. O empresário quando tem condições fiscais de permanecer aqui, ele
gera emprego, gera renda, faz economia do Estado se movimentar mais e arrecadar
mais. Receita líquida em 2021 de R$ 25 bi e despesas de R$ 18 bi, tem um
superavit, uma sobra para começar a discussão de carga tributária para
fortalecer micro e pequeno empresários. Como vice-governadora e deputada
conheci todo estado e é possível fazê-lo crescer por completo, não precisa
deixar todo emprego em Três Lagoas. Tem que ter incentivo de forma
transparente, com regras. Levar para outras divisas. Pontos na trajetória,
falar da violência contra mulher, botão do pânico, de minha autoria, combate ao
bullying, pessoas questionam minha competência. Maior competência que um
político pode ter é chamado para cuidar de gente, não vou governar sozinho, vai
montar equipe técnica, governar com humanidade”, falou Rose Modesto.
Concluiu dizendo que “somos gigante do agro negócio e tem gente
que não tem o que comer. Não sou assistencialista, mas é obrigação do Estado
manter o mínimo necessário”. Rose citou
parceria com Sistema S quando comandou a Sedhast. Falou ainda sobre sua
história de vida: Voltando a dizer que chegou em 1985 ao lado de seus pais e
mais 6 filhos, mais uma mulher vítima de violência doméstica e mais 2 filhos,
numa casa de 42mt no Parati.
Entrevista concedida no Tribuna
Livre